KNOW HOW BRASILEIRO SURPREENDENTE: DAQUI PARA O MUNDO

KNOW HOW BRASILEIRO SURPREENDENTE: DAQUI PARA O MUNDO

O extraordinário sucesso do filme Ainda Estou Aqui (ser nomeado para concorrer na categoria de melhor filme no Oscar já é uma tremenda vitória) me faz conectar com o tema de que o Brasil raramente tem produzido conhecimento original que se projeta no exterior,  como uma contribuição nossa  de fato transformadora, para o mundo.

O meu livro mais recente  – dessa minha linha específica de produção em  parceria com experts que são verdadeiramente inovadores – , lançado há poucos dias, no Brasil e nos Estados Unidos – como autor, tive o prazer de eu próprio fazer a tradução ao inglês, texto trabalhado em edição final por uma copywriter nativa -, conta uma excepcional história de notável sucesso.

Visionário, multitalentoso, o curitibano Francisco Kaiut – agora residindo em São Paulo, tendo aqui a sede mundial do seu trabalho pioneiro – respondeu ao chamado à aventura da vida, que lhe impôs o drama de sofrimento prolongado provocado por um tiro, na infância, tornando-se um excepcional quiropata e professor de yoga. Rigoroso pesquisador e estudioso, ao mesmo tempo intuitivo e transdisciplinar, praticante profundo, observador cristalinamente atento às questões desafiadoras de seus clientes, Francisco acabou por desenvolver seu próprio método, Kaiut Yoga. O método transcende em muito o conceito padrão que temos do que é yoga.

No método, yoga nada tem a ver com performance, misticismo, prática reservada  aos poucos de nós privilegiados com um corpo flexível de potencial acrobático.  É um yoga para todos, centrado na questão da saúde e da longevidade e que tem como ponto de partida o resgate da sabedoria do corpo – e do ser – para a solução de seus perrengues, especialmente os relacionados à mobilidade. Por essa abordagem, é também um meio natural de ampliação do autoconhecimento, oferecendo à pessoa um caminho de lapidação da sua sabedoria inata de viver.

A história de Francisco e seu método reuniu todos os fatores principais que potencializam a aplicação do meu método Jornalismo Literário Avançado – a tradição do storytelling em jornalismo literário agregada a paradigmas transdisciplinares de percepção e intepretação do mundo – em narrativas da vida real, como adoro fazer.  Por isso, o resultado é uma obra que integra três narrativas numa só: a biografia de Francisco, a história de desenvolvimento do método, o lado empreendedor que possibilita a expansão desse trabalho tanto no Brasil quanto, especialmente, nos Estados Unidos.

Autoconfiante, seguro do valor inovador e original do seu trabalho, Francisco nada tem a ver com aquela síndrome brasileira  que Nelson Rodrigues genialmente chamou de “complexo de vira-lata”.  Referia-se ao futebol, mas obviamente o conceito é aplicável ao comportamento individual – e coletivo – de muitos de  nossos patrícios,  em todas as esferas da atividade humana.

A narrativa segue por esse estilo –  envolvente, espero – autoral que tem raiz inspiradora na tradição da literatura da realidade em  não-ficção,  colocando o leitor no centro das ações e situações. Coloca-o também  em recepção direta das múltiplas vozes que contam as histórias, numa trama instigante sob  diversos ângulos.

Em português, o livro está publicado nas plataformas do Clube de Autores – Brasil e Portugal –  e em seus canais parceiros, incluindo Amazon e Google, entre tantos. Em inglês, tem uma edição exclusivamente disponível no Clube – só versão impressa –  e outra publicada nos Estados Unidos, disponível na plataforma Lulu e suas redes de distribuição parceiras.

Ficou com vontade de degustar?

Uma canja narrativa para você:

EXCERTO

O cenário em torno é simplesmente deslumbrante.  Bosques de álamos imponentes, paredes rochosas altíssimas, talvez um fiapo branco de neve não muito distante no topo da montanha para a qual você preferir olhar num giro de 360 graus, muitas ao seu redor. Um céu azulíssimo de dia ensolarado, temperatura agradável entre 18 e 21 graus. A gôndola – único transporte público por teleférico de todo o país – que em 13 minutos sobe você de Telluride para a vizinha e 259 metros mais alta Mountain Village, hotéis de arquitetura que lhe faz lembrar graciosas aldeias alpinas. E num platô de ar puríssimo da manhã, gente sarada e roupa colorida sobre tapetes de yoga fazendo uma saudação ao sol, talvez.

A participação de Francisco no Festival, incluído num elenco de dezenas de professores de renome e prestígio vindos de todo o país, tornou-se uma janela a mais de exibição de seu trabalho, fazendo crescer a fama que vinha se expandindo gradualmente desde os cursos e palestras iniciais, permitindo seu nome chegar a um público mais vasto, geograficamente distribuído. Em certas edições do evento, apresenta-se conduzindo uma série de atividades compreendendo temas desde um introdutório “o que é Kaiut Yoga” a um vasto “qual é nosso potencial humano”, com escala num bem técnico “flexibilidade e rigidez – entendendo as restrições e como se desenvolvem”.

Na edição de 2015, é apresentado pelo embalo promocional extra do destaque recente numa surpreendente reportagem da prestigiada revista especializada Yoga Journal.

Assinada por Melinda Dodd, Rebeldes do yoga: 5 professores que podem mudar o que você pensa do yoga aponta o caráter revolucionário do yoga sempre que uma nova proposta é introduzida em todos os tempos e lugares, pela reação conservadora da sociedade, da Índia antiga a B.K.S. Iyengar nos anos 1930. Ressalta que nos Estados Unidos o yoga já rompeu a barreira restritiva de ser considerado cultura alternativa, totalmente incorporado ao veio central da sociedade americana, com 21 milhões de praticantes.  E então pontua:

“Mesmo assim, alguns professores ainda abrem caminho a seu próprio modo, desafiando a retórica familiar e provocando discussões sobre o que o yoga é realmente”.

Apresenta os cinco rebeldes identificados pela revista que estão emergindo com força no cenário americano do yoga, com propostas provocativamente transformadoras, quando não polêmicas. Entre eles – e elas –, gente que está mesclando yoga e dança com bambolê, yoga performática com artes marciais orientais. Yoga com resistência física e mental via práticas de guerra do grupo de operações especiais da Marinha de Guerra americana, o Navy SEALs. Yoga com a tradição cristã evangélica, incluindo na prática a leitura da Bíblia, em contrapartida ao Bhagavad Gita da tradição hindu.

Você logicamente imaginaria que Francisco se sentiu privilegiado ao ser incluído nessa lista de cinco possíveis notáveis do yoga em ascensão, pioneiros do futuro da prática, certo? Eu também… mas acho que precisamos rever nossas posições …

Tenho uma coisa comigo: nunca pesquiso o que os outros estão fazendo. Simplesmente não quero saber. Preciso manter um lugar de liberdade na minha cabeça que precisa não ter influência alguma, sabe?

Mas nesse caso pedi a um aluno meu ler a matéria antes de ser publicada, para ele me dizer o que os caras estavam fazendo.   Ele falou com a jornalista, teve um pouco de acesso ao conteúdo. Foi também atrás de saber quem eram essas pessoas. E veio me contar.

Fiquei morrendo de vergonha de sair naquele artigo… fiquei olhando para mim mesmo e pensando assim… nossa, gente, isto aqui é muito bom, por um lado, para a projeção do nome da marca. Mas por outro … que vergonha meu nome estar ali no meio …risos… esses caras são muito ruins! Era uma coisa bem americanizada. Gente que misturava técnicas, que fazia um monte de coisas. Gente que estava cometendo mais dos mesmos erros que a América já vinha cometendo com o yoga.

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